Comitê Internacional da Cruz Vermelha anuncia vencedores do Prêmio de Jornalismo Humanitário em São Paulo
Documentário exibido pela GloboNews, especial multimídia da Folha de S.Paulo e reportagem especial da revista Época são os finalistas; cerimônia de premiação será aberta ao público e terá roda de conversa com os jornalistas
São Paulo/CICV - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), organização internacional com mais de 150 anos de história, entrega o Prêmio CICV de Cobertura Humanitária Internacional na próxima quarta-feira (25) em São Paulo. Esta é a primeira edição desta iniciativa, que promove mais conteúdo jornalístico na imprensa brasileira com foco nas vítimas de conflitos armados e situações de violência no mundo.
A roda de conversa com os finalistas e a cerimônia de premiação serão realizadas às 19h no auditório da Biblioteca Latino-Americana Victor Civita do Memorial da América Latina, em São Paulo. O evento é aberto ao público.
"Como trabalhador humanitário que já esteve em vários contextos de guerra e de violência no mundo, sei o quanto é relevante o papel da imprensa nesses locais e como reportagens bem apuradas são importantes para a sociedade. É uma satisfação apoiar a produção de mais conteúdo jornalístico que coloque as vítimas, isto é, o ser humano, em primeiro plano", afirma o chefe da Delegação do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, Lorenzo Caraffi.
Nesta primeira edição, foram inscritos mais de 50 trabalhos de meios de comunicação multimídia, impressos ou de radiodifusão. O corpo de jurados foi composto pela coordenadora de relações com a imprensa de Médicos Sem Fronteiras (MSF), Claudia Antunes, a jornalista da agência Associated Press, Cristiana Mesquita, com ampla experiência em cobertura de conflitos armados, a coordenadora de comunicação do CICV, Sandra Lefcovich, e a professora e pesquisadora Zélia Leal Adghirni, que antes da academia atuou como correspondente internacional.
"Jornalistas que conseguem traduzir com emoção e sensibilidade o drama dos povos aflitos, dentro de um alto padrão de qualidade profissional, pelo texto, pela palavra ou pela imagem, merecem o devido reconhecimento", observa Zélia Leal Adghirni. "Não foi uma escolha fácil, já que entre os trabalhos que concorreram havia vários de muito boa qualidade", explica Cláudia Antunes, que acrescenta: "É um alento saber que há espaço na imprensa brasileira para a cobertura internacional de qualidade, e espero que o prêmio do CICV funcione como um estímulo a mais."
Já Sandra Lefcovich considera que é muito importante ver a imprensa aproximar o público brasileiro do sofrimento das vítimas de conflitos armados e de violência no mundo. "Com o prêmio, tivemos um panorama da produção jornalística em temas humanitários internacionais. Há boas surpresas. Nosso propósito é fomentar ainda mais essa cobertura mais humana", conclui a jurada.
Finalistas
Os três trabalhos mais bem classificados segundo o crivo do júri foram o documentário Filhos de Ruanda (GloboNews), o especial multimídia Um mundo de muros (Folha de S.Paulo)* e a reportagem especial Vidas intermitentes no deserto (Época).
Os representantes dos trabalhos finalistas participarão de uma roda de conversa mediada pelo jornalista Aldo Quiroga, onde trocarão experiências sobre a cobertura jornalística de temas humanitários e responderão às perguntas do público.
O primeiro colocado terá a oportunidade de visitar uma região na qual o CICV atua. Nesta edição houve apenas uma categoria de premiação - no qual puderam ser inscritas reportagens produzidas para qualquer meio de comunicação (impresso, televisão, rádio ou multimídia).
Serviço
Evento: Cerimônia de Entrega do Prêmio CICV de Cobertura Humanitária Internacional
Local: Auditório da Biblioteca Latino-Americana Victor Civita do Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda - São Paulo/SP)
Horário: 19h
Mais informações
Diogo Alcântara, CICV Brasília, T: 61 3106-2384 C: 61 98248-7600 dalcantara@icrc.org
*O especial é uma série de reportagens publicadas entre junho e setembro de 2017. Como o regulamento do Prêmio CICV de Cobertura Humanitária Internacional estabeleceu que seriam avaliadas apenas reportagens publicadas até 31 de julho de 2017, a série foi avaliada parcialmente, isto é, apenas as reportagens publicadas até esta data.