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01-10-2018

Nova pesquisa demonstra que a guerra urbana é oito vezes mais letal para os civis na Síria e Iraque

Uma semana depois dos líderes mundiais terem se reunido para discutir os desafios da reconstrução futura da Síria, recentes números do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) servem como uma lembrança austera da atual magnitude do sofrimento dos civis.


(Genebra) - Uma semana depois dos líderes mundiais terem se reunido para discutir os desafios da reconstrução futura da Síria, recentes números do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) servem como uma lembrança, de forma contundente, da atual magnitude do sofrimento dos civis.

Nova pesquisa realizada em seguimento ao relatório de 2017, Vi a minha cidade morrer, ressalta o impacto nos civis dos combates nas pequenas e grandes cidades da Síria e Iraque.

? As ofensivas urbanas representam um aumento de oito vezes no número de vítimas civis referente aos conflitos em quatro províncias do Iraque e Síria (março 2017 - julho 2018) em comparação com os combates em outras áreas.

? A guerra nessas províncias causou uma estimativa de 6.485 vítimas civis entre março de 2017 e julho de 2018, representando 78% de todas as perdas de vidas civis, de acordo com os melhores cálculos.

Esses números atualizados reforçam ainda mais as constatações do relatório do ano passado que mostrou que as cidades no Iêmen, Iraque e Síria se converteram nos campos de batalha mais importantes e mais mortais do mundo. As ofensivas urbanas causam devastação e provocam rapidamente um aumento acentuado de vítimas - tanto por causa dos próprios combates como pelos efeitos combinados das batalhas.

No seu discurso durante o Evento de Alto Nível sobre a Síria da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente do CICV, Peter Maurer, declarou:

"As minhas visitas recentes à região confirmaram os níveis profundos de sofrimento causados pelos ataques desproporcionados e direcionados contra a população civil e os serviços civis como ambulâncias, estações de tratamento de água e mercados. Batalhas de represália foram travadas sem importar o impacto nos civis. E as sementes da radicalização e da vingança são plantadas para o futuro."

"Enquanto que a comunidade internacional terá de responder difíceis perguntas sobre a reconstrução a longo prazo da Síria e as condições políticas, os profissionais humanitários deverão responder às necessidades das populações e à vontade delas de viver com dignidade. Elas não podem esperar por um consenso político."

Nota metodológica: as constatações atualizadas são baseadas em dados disponíveis e análise qualitativa das tendências das batalhas em duas províncias da Síria (Deir Ez-Zor e Rif Damashq, incluindo a cidade de Damasco) e duas do Iraque (Ninewa e Anbar). Os dados foram coletados no período de março de 2017 a julho de 2018.

Mais informações:
Sarah Alzawqari (inglês, árabe) +961 3 138 353
Iolanda Jaquemet (inglês, francês) +41 79 447 37 267 26

 

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